O Ministério da Saúde Espiritual adverte:

Seja o teu sim, sim e o teu não, não.
Porque os que não forem quentes nem frios serão vomitados.

quarta-feira, 3 de março de 2010

E disse Lula: Removam a pedra do túmulo da Telebras!

Só para constar, ainda sobre a ressurreição da Telebras:


1. TODAS as operadoras americanas que se lançaram à exploração do mercado de serviços de telecom no Brasil saíram daqui com o rabo entre as pernas cerca de dois anos depois de iniciarem suas operações.


2. As compradoras que acreditaram na compra de operadoras de longa distancia cedo perceberam o MICO em que se meteram. Uma operadora de longa distância demanda menos gente e muita inteligência (formação, especialização, expertise, visão estratégica, etc.) de seus colaboradores. No entanto, elas não tem a visão de negócios suficiente para tornar uma operação de longa distância em operadora de serviços locais. Depender eternamente da última milha das operadoras locais para fechar um negócio é duríssimo. Vide Embratel, ex-americana, hoje nas mãos de mexicanos e ainda tateando na penumbra (já não está tão escuro) para emplacar serviços locais. Vide Intelig, espelho da Embratel, antes formada por franceses, alemães e italianos, hoje com os franceses jogando "solitaire" e buscando quem a compre. Vide Vesper, espelho da Telemar, que sequer decolou. Decididamente, é mais fácil crescer uma operação local e torna-la em operadora LDN e LDI do que o inverso.


3. A proposta inicial - acredite quem quiser - é tornar a "ressurrecta" Telebras na operadora banda larga dos pobres, ou seja, em tese - acredite quem quiser, ou não, já diria Caetano - ela só vai explorar segmentos indesejados para as atuais operadoras, que não tem em suas cestas de serviços algo voltado para as classes C e D em termos de banda larga. Eis aí o problema: a classe C de 2010 nem de longe se assemelha à classe C de 1998 e seu poder de compra é infinitamente maior, o que pode provocar uma certa dor de cotovelo nas operadoras já estabelecidas, principalmente aquelas que não acreditaram no crescimento do país e privilegiaram o filé das classes A e B.


4. Se as operadoras estabelecidas tivessem cumprido o compromisso de atender as localidades remotas e mais pobres com serviços de integração, certamente que o governo não teria mandado remover a pedra do túmulo para ressuscitar Lázaro... quero dizer, a Telebras. Certamente que também os serviços do tipo Gatonet e Piratanet não teriam explodido nas metrópoles, levando TV por assinatura às comunidades carentes. Não é ridículo? Eu NÃO moro numa comunidade carente, mas não consigo assinar a NET, mas o ascensorista de um prédio que visitei assiste aos jogos do Flamengo pela Gatonet no canal que seria do "Pay-per-View", que já vem incluso no "pacote padrão" da operadora pirata. Viabilidade técnica? Arrumem outra desculpa, senhores! 


Voces querem economia de mercado? Pois tomem livre competição tres vezes ao dia e voltem em uma semana para novos exames!

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