O Ministério da Saúde Espiritual adverte:

Seja o teu sim, sim e o teu não, não.
Porque os que não forem quentes nem frios serão vomitados.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A Cela Apertada de Arruda e a Sorte do Distrito Federal

Caríssimos:


Arruda "et caterva" foram denunciados por um elemento da quadrilha, que não estava satisfeito com a forma que os "negócios" vinham sendo conduzidos. Não foi um cidadão de bem que denunciou a situação, mas um membro da corja.


Se dependermos da insatisfação da corja que trai a própria corja, não poderemos esperar qualquer tipo de evolução em termos de corrupção neste país.


Cidadãos de bem, acossados pelo poder econômico da corja, não abrem a boca para denunciar. Preferem claramente manter seus empregos e rezar para que algum deus interfira no festim dos corruptos, aliviando dessa forma suas consciencias - "tanto rezei, que caiu a corja", devem pensar ao assistir o jornal da noite.


Arruda ordenou que sua polícia fosse à rua reprimir os pouquíssimos cidadãos que escolheram gritar que não queriam corruptos no governo. A TV exibiu as imagens para todo o mundo - talvez a mensagem das ruas tenha sido compreendida, mas certamente que não permanecerá muito tempo na memória da corja, que não resiste ao apelo do dinheiro fácil e imundo das negociatas, chantagens e subornos. Logo esquecerão os gritos daqueles bravos cidadãos e retornarão, como um bando de hienas ensandecidas.


O que pode mante-los longe? Mais uma vez, o barulho das ruas, a verdadeira voz do povo, o povo que não aceita a roubalheira dos recursos que destinamos aos governantes para que promovam o bem comum - não o bem da corja.


Quanto aos que permanecem calados, enquanto o tesouro nacional é esquartejado entre as hienas da corja, bem diante dos seus olhos anestesiados de terror, cabe o butim resultante da guerra travada entre a corja e aqueles que não se calaram diante da desfaçatez de Arruda e seus laranjas.


Em 2010, lembre-se que aquele que rouba foi eleito com o voto do seu vizinho, senão com seu próprio voto - e escolha conscientemente a quem voce concederá o privilégio de receber o seu voto.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Seu currículo foi selecionado por um de nossos parceiros...

Muito, muito cuidado quando o seu telefone tocar e a voz do outro lado declarar:

"Bom dia/tarde/noite, Sr/Sra Fulano(a)! 

Quem fala é Sicrano(a) da empresa XCVBNM RH International e o motivo da minha ligação é que o seu currículo foi selecionado por um de nossos parceiros e por isso o(a) estamos convocando para uma entrevista amanhã às 99:99h. Pode anotar o endereço, por favor?"



O discurso é padrão nas verdadeiras quadrilhas de estelionatários que se auto-denominaram "assessorias de RH" para aplicar o golpe da vaga "se você contratar nossa assessoria".

Ele induz o ouvinte a concluir imediatamente que:
  1. Há uma vaga real de emprego. 
  2. A vaga real está totalmente de acordo com o perfil de seu currículo. 
  3. A emergência do "consultor" em marcar a entrevista sugere que se trata de uma vaga para contratação imediata. 
  4. Uma "empresa" (que supostamente detém a vaga) localizou seu currículo e solicitou a essa "assessoria de RH" a inclusão do seu currículo no processo que essa assessoria conduz para aquela empresa. Ou seja, você já sai na frente dos outros candidatos concorrentes que essa assessoria conseguir recrutar, pois tem a indicação da própria empresa cliente. 

Bom demais para ser verdade? 

Pois bem, se você está desempregado ou insatisfeito no seu atual emprego, esse discurso soa como vozes de anjos em resposta às suas orações. Lembremo-nos apenas que sim, há anjos nos céus, mas também há anjos caídos, que trabalham para o seu prejuízo. É o caso destes últimos nessa situação.

De volta ao telefonema, você anota todas as informações de local, nome do entrevistador, data e hora para sua entrevista, enquanto o "anjo caído" do outro lado da linha esfrega as mãos, antevendo o peixe que está prestes a fisgar. Agora, ele passa a trabalhar para tirá-lo da água (o seu ambiente) e jogá-lo dentro de uma canoa furada, onde você deixará suadas dez prestações de R$600 no seu cartão de crédito, para pagar pelos serviços de assessoria que eventualmente levarão o peixe... quer dizer... o cliente até o tão sonhado emprego.

Você chega ao local da entrevista no dia e hora marcados, pois não quer deixar má impressão.

Uma recepção com sofá e uma TV onde um DVD de um filme ou show premiado é exibido. Ali você começa a perder a noção do tempo real e do ambiente que deixou lá fora. Eventuais cenas de sensualidade exibidas na TV o fazem olhar constrangido para a recepcionista, que permanece concentrada na tarefa que está realizando ao computador. O tempo passa e sua mente se ocupa da sua própria situação miserável de desempregado ou mal empregado enquanto assiste ao DVD.

Finalmente alguém aparece e chama o seu nome.

Não é a pessoa que deveria entrevista-lo, pois ela está ocupada em outra reunião. É o próprio gerente da assessoria que irá entrevista-lo. Você se sente importante... puxa, o próprio gerente... vai ver, o cargo é importante mesmo... Você é levado ao uma saleta pequena, apertada, com uma mesa e duas cadeiras, além de uma caixa de som com música eletrônica num volume acima do normal para aquele ambiente, de forma que a "entrevista" que provavelmente ocorre na outra saleta não atrapalhe a sua atenção, que a essa hora já está movida pelo vídeo assistido na recepção. O ar condicionado é ligado é o "gerente" lhe pergunta se a temperatura está confortável e se você gosta de futebol e para qual time você torce.

Você começa a se perguntar o que é aquilo que está acontecendo. 

Você logo percebe que a vaga não existe e que o interesse ali é vender um sonho, e vender caro, sem qualquer garantia de que ele vá se realizar, pois assessoria nenhuma pode garantir que você estará empregado em três meses, ou seis meses, ou um ano, ou tempo algum.

O parceiro citado no telefonema não era empresa alguma, mas um dos estelionatários que passa o dia visitando sites de currículos e selecionando vítimas em potencial para a arapuca onde você se encontra naquele momento. A vaga é uma falsa promessa. A única verdade ali é: eles querem seu dinheiro e nada podem oferecer em troca.

Se ainda tiver forças, encerre ali a entrevista e saia imediatamente dali e não se sinta envergonhado por acreditar. Você está lidando com especialistas em golpes e você é apenas alguém procurando honestamente um emprego.

Boa sorte da próxima vez que selecionarem o seu currículo.

Forte abraço.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

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O que pensa sobre a Teologia da Libertação?

Como toda filosofia humana, é uma abordagem de nicho. Portanto local, não universal. Liberta alguns, não a todos.

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Aromas preferidos?

Essências amadeiradas e também as cítricas.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Empresas podem levar seus empregados ao fracasso pessoal?


Caso #1: 

A empresa ia muito bem, mas a vida pessoal do seu Gerente de Contas a Receber ia muito mal. O excesso de horas extras, inclusive nos fins de semana, afetara o seu casamento e seu relacionamento com os filhos e amigos resumia-se a fotos sobre a mesa. Descobriu-se hipertenso aos cinquenta e cinco anos e aos trinta e três anos de fiel serviço à mesma empresa, sem nunca separar tempo para participar de cursos ou treinamentos, se viu incapaz de dar conta do trabalho com as ferramentas de que dispunha até então. Acabou demitido por obsolescência.

Caso #2: 

A empresa ia mal desde o processo sucessório. O herdeiro, nascido e criado na abastança, parecia não ter muita noção sobre a correta condução do negócio. Seu Gerente de Contas a Receber foi um dos primeiros a perceber a progressiva perda de pressão dos negócios. Seus conselhos, antes ouvidos e analisados pelo antigo presidente, eram solenemente ignorados pelo novo comandante, a despeito dos cursos externos e aperfeiçoamentos que o gerente vinha realizando ao longo de sua longa carreira de fiéis trinta e três anos na mesma empresa. Depois de uma penosa série de reuniões onde suas sugestões eram descartadas, resolveu aceitar uma proposta de recolocação para uma empresa menor, onde sua experiência ajudaria no processo de expansão dos negócios. Cerca de dois anos depois, soube que a empresa de onde saíra havia sido comprada por um concorrente menos renitente, no mesmo ano em que ele dera entrada na sua aposentadoria, para abrir uma consultoria de serviços de contas a receber.

Conclusão: 

A empresa pode até ir mal das pernas, mas é com as suas próprias pernas que o profissional deve caminhar.