O Ministério da Saúde Espiritual adverte:

Seja o teu sim, sim e o teu não, não.
Porque os que não forem quentes nem frios serão vomitados.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sobre as igrejas "mudernas", seus "paistores", "bishpos" e "apústulas"

O que diferencia uma igreja de uma igreja "muderna":

  1. Ela é "muderna" porque usa a linguagem modernosa para falar muito e edificar nada, como se fosse muda - por isso MUDERNA.
  2. Ela é detentora de uma verdade que até pouco tempo estava "oculta" na Bíblia aos olhos mortais. Apenas seus apústulas receberam essa iluminação - unção, como dizem - divina para perceber o que ninguém mais percebeu.
  3. Em geral, essa "verdade" está associada à construção de um caminho de opulência de seus líderes, travestido de prosperidade da igreja, mas que é só deles.
  4. Em geral, esse caminho para a prosperidade do topo da pirâmide eclesiástica é pontilhado de ritos extra-bíblicos, maquiados de ritos sagrados, que nada mais são que arremedos de "simpatias" e bruxarias, rotulados de atos proféticos - saquinhos de sal (do Mar Morto), ampolas de óleo ungido (de cedros de Israel), rosas vermelhas (de Saron), templos construídos com pedras importadas de Israel (para que os fiéis tenham a certeza de pisar em "terra santa").
  5. A partir do momento que a maior preocupação passa a ser não apenas o sustento ministerial, mas a progressão de sua opulência, em nada nos diferenciamos das instituições históricas, alimentadoras de idolatria, a não ser pela escala de fortuna historicamente acumulada.
  6. A partir do momento em que o apego ao companheiro de viagem - a "tchurma", a camarilha, a gangue - impede de enxergar o mal que ele vem causando a tantos, pois ele sabe que tem cobertura da liderança, em nada nos diferenciamos da Máfia, a não ser pelo fato de que lá, quem erra - e não apenas o que discorda - é punido exemplarmente.
  7. Os fiéis dessas igrejas tornam-se idólatras de carne, pedra, metal, madeira, achando que agradam a DEUS.
Não seja assim conosco, irmãos!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Síndrome de Caim e o bebê de Ana

Pai que tem ciúme do filho recém-nascido. 
Primogênito que tem ciúme do caçula recém-nascido. 
Fã que tem ciúme do filho recém-nascido do ídolo. 
Mesma raiz, mesma consequencia.  


O egoísmo humano precisa de justificativas para sua tão grande e ao mesmo tempo pequena mesquinhez - ou pequenez mesquinha, como queiram.  


Seria a "Síndrome de Caim"?  


A etimologia da palavra "fã" tem raiz na palavra "fanático" (fan-ático, fan, fã) e rima perfeitamente com a palavra "vã". A esperança do fã de sugar para si a essência vital do seu ídolo e tornar-se ele, no lugar dele, é... vã! Simplesmente vã! Além disso, tem um caráter pernicioso e destruidor.  


Quando YHWH proíbe o homem de idolatrar pedra, carne, metal, madeira, água, vento ou seja lá o que for, é justamente para que não seja semeado esse caráter pernicioso e destruidor no seu coração e mente. Até porque nenhuma outra resposta receberá o homem de um ídolo, que não aquelas que refletem o desejo do seu coração. 


Por nada responderem de si mesmos, os ídolos delegam aos seus adoradores o direito de responderem eles mesmos às suas próprias perguntas. Quando o homem passa a ouvir mais de si mesmo do que de YHWH, ele passa a experimentar a lei natural que afirma e comprova a todo momento que ninguém é auto-suficiente. YHWH não pode mentir e sempre confirmará as leis que criou.  


O que esperar de um fanático que percebe que o seu deus voltou seus olhos para outro ser? Tornar-se Caim. Ele passa a direcionar sua frustração para aquele que aos seus olhos, é a razão do desprezo do seu ídolo para com ele. E ele buscará eliminar "Abel" do seu caminho, para que seu deus não tenha outra alternativa a não ser se voltar para Caim, exclusivamente. 


Se o estratagema der certo, Caim se torna um serial killer, especializado em eliminar qualquer ser ou coisa que se interponha no caminho do seu objeto de adoração. Por outro lado, aquele que se deixa adorar por um igual - homem adorado por homens, o anti-mandamento número 1 - semeia legiões de fanáticos e acaba se tornando refém da seita que ele mesmo criou. 


Em geral, esse deus acaba sendo queimado como sacrifício de afronta no mesmo altar onde antes vidas humanas se derramavam por ele, diante dos olhos odiosos de seus sacerdotes.  


Não seja assim conosco, irmãos. Amém.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Duas em cada cinco empresas já receberam oferta de propina, diz relatório da Transparência Internacional


Para saber do que se trata leia a notícia aqui: http://bit.ly/5phWFG




Temos então:


  • Índice global de 40% de assédio a fornecedores visando corrupção; 
  • Acréscimo de 10% no custo total dos projetos (muito provavelmente devido ao acréscimo do valor da propina); 
  • 20% de perda de negócios em função de propina não paga pela parte perdedora
  • 33% de empresas detectando aumento na corrupção no período pesquisado. 

Aí vem as perguntas que não querem calar:


  • Quem é mesmo que patrocina - caixa 1, 2 e 3 - as campanhas eleitorais e candidatos de acordo com seus interesses? Resposta: Empresários corruptos! 
  • Por que então as empresas vitimadas pela corrupção não patrocinam candidatos idôneos para fazerem frente aos corruptos de sempre? 
  • Falta percepção ou inteligência para entender o esquema? 

Particularmente não creio que a segunda opção (falta de inteligência) seja o caso, mas o paradigma de que todo político é um corrupto em potencial tem trazido muitos prejuízos ao empresariado honesto, por culpa deles mesmos acreditarem nesse sofisma, ou seja:


  1. Todo político é corrupto. 
  2. Por isso não financio a candidatura de ninguém. 
  3. Sobram os empresários corruptos, que financiam as campanhas de candidatos corruptos. 
  4. Vida que segue: empresários idôneos perdem negócios para empresários corruptos. 

Afinal, de que os empresários idôneos tanto reclamam? Incluir no orçamento uma verba, pequena que seja, para contribuir para a não reeleição de políticos corruptos e consequente eleição de políticos idôneos deveria fazer parte das obrigações cívicas de uma empresa - para o seu próprio bem e para o bem da sociedade.

Senão, é vida que segue.
Abraços,


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

De embriaguez e de dor te encherás (Ezequiel 23:28-33)

De embriaguez e de dor te encherás


Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu te entregarei na mão dos que odeias, na mão daqueles de quem tem se apartado a tua alma. E eles te tratarão com ódio, e levarão todo o fruto do teu trabalho, e te deixarão nua e despida; e descobrir-se-á a vergonha da tua prostituição, e a tua perversidade, e as tuas devassidões. Estas coisas se te farão, porque te prostituíste após os gentios, e te contaminaste com os seus ídolos. No caminho de tua irmã andaste; por isso entregarei o seu cálice na tua mão. Assim diz o Senhor Deus: Beberás o cálice de tua irmã, fundo e largo; servirás de riso e escárnio; pois nele cabe muito. De embriaguez e de dor te encherás; o cálice de tua irmã Samaria é cálice de espanto e de assolação. (Ezequiel 23:28-33)



Quando se sobe muito rápido do chão para o alto, não há tempo para o cérebro reconfigurar o organismo para a quantidade menor de oxigênio disponível. Assim, experimentamos uma embriaguez não alcoólica e podemos desfalecer. O ideal é que a subida seja lenta e gradual de forma que o cérebro administre essa privação sem causar sofrimento.


De forma semelhante, quando um mergulhador sobe muito rápido do fundo do mar para a superfície, a brusca variação de pressão pode fazer com que gases diluídos no seu sangue formem bolhas, que acabam por matar o indivíduo (embolia). O ideal é que a subida seja lenta, de forma que o sangue não "ferva" nas artérias e veias.


A notícia da decisão - levada a cabo, de caso pensado, com requintes de planejamento – da atriz Leila Lopes pelo suicídio, trouxe-me à memória essas imagens relativas a subidas rápidas demais, que se tornam insuportáveis pelo preço que cobram.


Leila Lopes é o caso típico de subida meteórica ao estrelato, seguida de inevitável embriaguez pela velocidade do sucesso alcançado e consequente perda da noção de limites (o que mais pode me impedir de prosseguir vencendo e crescendo? Eu mesmo – eis a resposta), o que a levou a um ostracismo tão ou mais rápido e intenso do que a sua fantástica ascensão. Os mais instáveis e poderosos explosivos tem em seus componentes substancias que separadas não representam perigo notável – o problema é quando eles são combinados na proporção adequada. Sucesso repentino, surpresa para as demais candidatas ao estrelato, retribuída com generosas doses de inveja num ambiente especializado em devorar seus ícones para transforma-los em cultos à personalidade. E DEUS longe disso tudo, pois não tem parte com as trevas.


A tão amada professorinha da novela de repente viu os convites de trabalho cessarem como um poço que seca sem aviso. Anos de ostracismo a fizeram buscar por uma chance - qualquer chance mesmo - que a levasse de volta ao estrelato. Achou que era forte o suficiente para suportar aquele choque de princípios morais na sua mente. Aceitou o convite à prostituição como quem aceita a ordem de sacrificar no monte a dignidade que ainda lhe restava, na esperança que alguém no último minuto lhe dissesse: "Basta! Toma aqui de volta a tua dignidade e todas as oportunidades que te tem sido negadas há anos!". Mas ninguém veio dar-lhe o "Basta!".


Conta-se de uma crise nervosa ocorrida após a cena final do vergonhoso filme em que protagonizara uma mulher que seduz um sacerdote. Não, ninguém apareceu na última hora para lhe dar o tão esperado "Basta!". Nenhum anjo veio segurar-lhe a mão que assimou o contrato com a produtora ou trancar-lhe a porta de casa ou enguiçar-lhe o carro a caminho do estúdio. Não faltou luz no estúdio, toda a equipe comparecera ao dia da filmagem. Não havia alternativa, a não ser aquela que deveria partir dela própria, de seu próprio coração: a fé que crê num DEUS que é poderoso para sustenta-la caso ela decidisse que não seria degradada a tal ponto.


Cumprido (honrado?) o contrato, coube-lhe justificar o injustificável e conviver com o remorso suicida, que primeiro minou-lhe a saúde espiritual, depois a física e por fim a mental, ceifando-lhe a vontade de viver. Quem quer que tenha orientado Leila em seus dias de experiência evangélica não foi capaz de fazê-la entender que não somos nós a determinar “se e quando” o anjo aparecerá para nos impedir de sacrificar o que nos é por mais importante em nossas miseráveis vivências humanas imperfeitas. Leila esperou por um anjo que não viria por onde ela esperava que viesse. E ele não veio mesmo.


Somos todos tão próximos de Leila Lopes quando alimentamos falsas expectativas quanto ao sucesso construído por nossas próprias mãos que somente a graça de DEUS pode de fato nos salvar. A diferença entre nós e Leila pode estar num "Basta!" que gritamos com todas as forças ou sussurramos com um fiapo de esperança que ainda nos restava em alguma circunstância difícil de nossas vidas. Leila deveria ter gritado o “Basta!” a si mesma e tudo provavelemente seria diferente hoje e eu não estaria escrevendo este artigo.


Que o Altíssimo jamais permita que nos enchamos de embriaguez e de dor por termos escolhido o caminho errado pela cegueira. Lembremo-nos de Isaías 42:16: “E guiarei os cegos pelo caminho que nunca conheceram, fá-los-ei caminhar pelas veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles, e as coisas tortas farei direitas. Estas coisas lhes farei, e nunca os desampararei”.


Que DEUS tenha misericórdia de nós, que ainda vivemos. Amém.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Assim não é, mesmo que lhe pareça




“Depois disso, aconteceu o seguinte: Acabe, rei de Samaria, tinha um palácio em Jezreel. Perto desse palácio havia uma plantação de uvas que pertencia a um homem chamado Nabote. Certo dia Acabe disse a Nabote: - Dê-me a sua plantação de uvas. Ela fica perto do meu palácio, e eu quero aproveitar o terreno para fazer uma horta. Em troca, eu lhe darei uma plantação de uvas melhor do que a sua ou, se você preferir, eu pagarei um preço justo por ela”. (I Reis 21:1-2)

 O infame rei Acabe vinha do anúncio de uma profecia que lhe anunciava a própria morte (I Reis 20). Ao recebê-la, ficou desgostoso e indignado. Voltou à Samaria com esse espírito e essa má expectativa. No entanto, passou-se algum tempo e a profecia ainda não havia se cumprido. Como não morrera até ali, seu desgosto e sua indignação foram dando lugar à empáfia e à cobiça que lhe eram usuais. Planejou então ampliar seus domínios próximos ao seu palácio, justamente nas terras pertencentes a Nabote. Como era o rei, sequer passava pela sua cabeça a possibilidade de ter sua aspiração negada por aquele a quem pertenciam as terras. Porém Nabote tinha outros pensamentos, conforme segue:

 “- Esta plantação de uvas é uma herança dos meus antepassados! - respondeu Nabote. - Que o SENHOR Deus me livre de entregá-la ao senhor! Acabe foi para casa aborrecido e com raiva por causa do que Nabote tinha dito. Ele se deitou na cama, virado para a parede, e não quis comer nada. (I Reis 21:3-4)


Tiranos não reagem bem à frustração. Estão acostumados a terem suas vontades mais superficiais atendidas. Não há limite para a sua cobiça. O peso da vontade alheia para um tirano é o zero absoluto, nada vale. Descobrir-se limitado por leis, regras e convenções gera uma frustração profunda nos tiranos. Via de regra, isso é o suficiente para que o seu julgamento veja erro na lei, engano na regra e equívoco nas convenções. Diante do obstáculo legal, infantilizam-se, tal como Acabe, criança birrenta, deitado em sua cama, de cara para a parede, de mal com o mundo, sem comer, à espera que alguém lhe venha dar atenção. A brecha está aberta para que o inimigo se infiltre e inicie seu ritual de roubo, morte e destruição. Acabe já não se lembra da profecia a seu respeito. Não há arrependimento, só cobiça frustrada. Logo ele trabalhará para que as leis, regras e convenções sejam abolidas e substituídas por sua vontade soberana. Ele escancara as portas do seu coração para que o inimigo lhe tome o poder de decisão e lhe preste um favor, que lhe custará muito caro, conforme vemos a seguir:

Então a sua esposa Jezabel foi falar com ele e perguntou: - Por que você está assim aborrecido? Por que não quer comer? Ele respondeu: - É por causa do que Nabote me falou. Eu lhe disse que queria comprar a sua plantação de uvas ou então, se ele preferisse, eu lhe daria outra em troca. Mas Nabote me disse que não me daria a sua plantação. Então Jezabel disse a Acabe, o seu marido: - Afinal de contas, você é o rei ou não é? Levante-se, anime-se e coma! Eu darei a você a plantação de uvas de Nabote, o homem de Jezreel!” (I Reis 21:5-7)

Um tirano mimado e infantilizado entrega a sua autoridade a quem quer que lhe prometa satisfazer sua vontade egoísta. Ele sequer procura saber como tal promessa se tornará realidade. Basta-lhe saber que alguém lhe trará o ambicionado brinquedo, que tanta frustração tem lhe trazido. Ele no fundo sabe que o expediente utilizado para alcançar sua meta não será lícito, mas é melhor que não “o saiba em detalhes” ou terá que se posicionar a respeito, interrompendo o fluxo de obtenção do seu desejo. Convenientemente, ele fecha os olhos para o que vai acontecer, desde que lhe tragam a notícia desejada. Pusilanimidade e hipocrisia caminham lado a lado no comportamento do tirano mimado. Ele não sabe, não quer saber e terá muita raiva de quem souber do estratagema, que é descrito a seguir:

“Então ela escreveu algumas cartas em nome de Acabe e carimbou-as com o anel-sinete dele e as mandou para as autoridades e para os líderes de Jezreel. As cartas diziam o seguinte: "Mandem avisar que vai haver um dia de jejum, reúnam todo o povo e ponham Nabote no lugar de honra. Ponham sentados na frente dele dois homens de mau caráter para acusarem Nabote de ter amaldiçoado a Deus e ao rei. Depois levem Nabote para fora da cidade e o matem a pedradas." (I Reis 21:8-10) 

Acabe cedeu sua identidade real a Jezabel. Em seu nome, foram escritos e selados com o selo real os procedimentos para o assassinato de um inocente. Em seu nome, um inocente foi condenado à morte com um propósito egoísta, de caso pensado, sem que ele intercedesse com justiça. A vida dos outros tem valor zero se confrontada aos objetivos de um tirano usado pelo inimigo. Muito provavelmente, nada disso seria feito por sua própria iniciativa. Talvez ele permanecesse ali na cama, resmungando mais algum tempo e até se conformasse com a negativa, quem sabe. Porém, uma vez cedida a autoridade ao inimigo, ele próprio se encarrega de providenciar os elementos necessários para que o seu plano de roubar, matar e destruir seja levado a cabo.

A assinatura que está lá é a de ninguém menos que o próprio rei. O inimigo age com a chancela do rei, muito embora o rei não saiba o que está para acontecer. Não tratamos aqui de um ataque exclusivo à autoridade real: outras autoridades e mesmo cidadãos comuns tem legitimado ações demoníacas simplesmente por ceder a sua assinatura, a sua permissão, a sua imagem,  o seu voto, para que o mal execute o seu festim diabólico com um rótulo de legitimidade. Quem mesmo levará a culpa no final das contas? Mas uma idéia sem executores é nada além de uma vontade. Para que idéias se tornem em ação são necessários executores, conforme descrito no texto bíblico a seguir:

“Os líderes e as autoridades de Jezreel fizeram o que Jezabel havia ordenado. Eles mandaram avisar que ia haver um dia de jejum, reuniram o povo e puseram Nabote no lugar de honra. Então, diante do povo, os dois homens de mau caráter acusaram Nabote de haver amaldiçoado a Deus e ao rei. E assim ele foi levado para fora da cidade e morto a pedradas. Depois mandaram dizer a Jezabel: - Nabote foi morto a pedradas. Logo que Jezabel recebeu o recado, disse a Acabe: - Nabote morreu. Agora vá e tome posse da plantação de uvas que ele não quis vender a você. Logo que soube que Nabote estava morto, Acabe foi até a plantação de uvas e tomou posse dela.” (I Reis 21:11-16)

Literalmente, há gente para tudo nesse mundo:

  • Há quem autorize o mal que o outro concebeu apenas para obter algo que deseja.
  • Há quem se valha da fraqueza moral da autoridade para satisfazer os seus desejos mais íntimos, como se prestasse um favor à autoridade e em nome da autoridade.
  • Há quem obedeça a ordens absurdas para demonstrar fidelidade, sem questionar a legitimidade ou a finalidade, independente do mal que daí se desdobre.
  • Não seja assim conosco, irmãos.

Muito cuidado com quem ordena, não de si mesmo, mas sempre em nome da autoridade superior. Esse vassalo se escuda na imagem do rei para realizar intentos que são seus - e não da autoridade mencionada.

Muito cuidado com o rei que se confunde com o próprio reino. Reis passam, reinos permanecem. Às vezes, não se consegue distinguir claramente entre a vontade do rei e a necessidade do reino. Para alguns reis megalômanos, isso é tremendamente conveniente. Luis XIV, rei da França, afirmou do alto de sua megalomania e soberba: “O Estado sou eu”. Sua segunda geração acabou guilhotinada anos depois, com o advento da Revolução Francesa.

Concluindo, algumas reflexões, recebidas diretamente da escrivaninha de um amado amigo e pastor, que me concedeu estudar comigo este texto:

Para os líderes:

  1. Nem todo ajuntamento de líderes do povo de Deus (Israel) é convocado com motivos santos.
  2. Nem toda convocação que um líder recebe é para ser aceita de imediato. Procure-se saber os reais motivos de sua existência.
  3. Nem toda mulher em autoridade é Jezabel, mas se alguém tem uma Jezabel sobre si, saiba discernir suas ordens para não fazer-se cúmplice e alegar "obrigação por sujeição".
Para os “Nabotes”:

  1. Nem todos sabem receber um "não" em seus planos para "o reino".
  2. Nem todos que te oferecem um lugar de honra desejam realmente te honrar.
  3. Nem todos os que te acusam tem reais motivos para fazê-lo; às vezes são apenas "ecos" de outra voz.
Para os “Acabes”:

  1. Nem todos em posição de "rei" têm capacidade para reinar.
  2. Nem todo desejo do líder máximo de alguma instituição é apropriado ou aprovado por Deus. Ás vezes é apenas "birra de criança mimada".
  3. Nem tudo que te trazem como "oferta" foi conseguido de maneira lícita aos olhos de Deus.
Que DEUS nos abençoe. Amém.