O Ministério da Saúde Espiritual adverte:

Seja o teu sim, sim e o teu não, não.
Porque os que não forem quentes nem frios serão vomitados.

domingo, 24 de janeiro de 2010

AVATARIZE YOURSELF

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Projeto ZOMO: Desastres naturais são grandes impulsionadores da criatividade humana


(Postado originalmente no blog do Projeto ZOMO em 21/01/2010)

Desastres naturais são grandes impulsionadores da criatividade humana. Neste exato momento temos pesquisadores tentando responder à sua pergunta sobre como evitar tsunamis e terremotos; outros estarão focados em como prevê-los e ainda outros em como proteger as populações expostas a esses perigos.

Mas voltamos ao dilema de Tostines (é caro porque ninguém compra ou ninguém compra porque é caro?) bem lembrado pelo Pavoni: a tecnologia poderá até existir, mas será economicamente viável? Por exemplo: até bem pouco tempo atrás, um desfibrilador cardíaco só poderia ser encontrado em hospitais; algum tempo depois já equipava ambulâncias; hoje já se compra desfibriladores portáteis em lojas especializadas em equipamentos clínicos.

Historicamente, o tempo entre o primeiro desfibrilador de hospital e o que se compra nas lojas é mínimo - 40, 50 anos - mas o avanço tecnológico é que permitiu o barateamento dos custos de produção e a portabilidade do equipamento.

Tenho 46 anos e volta e meia, sentado à mesa com meu pai (73), nos congratulamos por estarmos vivos para assistir os incríveis avanços da tecnologia, que costumávamos admirar nas telas de cinema e TV.

Ponto importante e inevitável: Consciência ambiental aliada ao avanço tecnológico. Células-tronco curando leucemia não combina com o continente de lixo que bóia nos oceanos.

Há que se ter um e tratar do outro.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Melancias que brotam de cajueiros


Tem gente prometendo melancias que brotam de cajueiros... e pessoas que acham isso normal!

Acabo de ler um artigo de Pablo Aversa, entitulado "10 coisas para aplicar hoje e ser um executivo melhor", que pode ser lido em http://bit.ly/8kFrg1 e que listo a seguir:

    1. Selecione os melhores.
    2. Seja um incentivador.
    3. Desenvolva o Espírito de Equipe.
    4. Seja um líder, não apenas um gerente.
    5. Melhore como comunicador.
    6. Seja melhor na gestão de recursos.
    7. Seja melhor em administração de tempo.
    8. Aprimore-se.
    9. Aplique ética na gestão.
    10. Dê um tempo.
Aversa conclui que "Gestão é uma habilidade que pode ser aprendida. Você pode melhorar como executivo dedicando-se todo dia a ser melhor".
Em seguida dá o toque do mestre para o discípulo: "Marque esta página como uma de suas favoritas e volte todos os dias durante as proximas 2 semanas. Se você selecionar um tema a cada dia e trabalhar para aprimorar-se nesta área, você será um executivo melhor antes mesmo de se dar conta. E os outros também vão notar isso".
Mas aí, eis que se revela o momento comercial, que faz com que nossos ombros caiam: "E se quiser ir mesmo a fundo, pense na possibilidade de contratar um coach executivo".

Pois é: vivemos num mundo onde o messianismo corporativo se banalizou "ad nauseam". A igreja evangélica tem ensinado muito a esses gurus corporativos - e também tem aprendido muito com eles. Chega a ser uma relação de simbiose, com efeitos malignos nas corporações e nas igrejas.

De repente, todos os executivos são líderes em potencial e todas as ovelhas são pastores em potencial. Há competição? Sim, mas a mensagem primária diz que todos são vencedores... se ninguém perde, quem vence?

Soa paradoxal? É isso mesmo: um inimigo comum, tornado invisível pelas hipnóticas palavras do guru/apóstolo. O efeito inicialmente imperceptível dessas palavras de ordem no grupo só se torna claro no fim de tudo: "Lutem entre si, eliminem o concorrente e o sobrevivente levará a coroa!" Apenas não haverá a quem liderar, pois todos os outros "líderes" foram subjugados e postos para correr. Apenas o guru/apóstolo parece saber claramente que nem todos são vencedores - na verdade, bem poucos sairão vencedores dessa armadilha de retórica, que tem alimentado sonhos megalômanos, pirâmides e... os cofres de seus idealizadores. O bom e velho processo de seleção natural atuando a todo vapor, onde os fracassados são eliminados. Mas, eles não eram vencedores como os outros?

As dez propostas aqui apresentadas são válidas - muito válidas mesmo.

Gostei muito da proposta adicional do headhunter Aristides Girardi, a quem acompanho já há alguns debates: "É preciso adicionar 'Saber Ouvir' a essa lista". Girardi genialmente inoculou uma poderosa vacina na lista, que evitará excessos danosos na aplicação das demais dez propostas. Precisam apenas ser instaladas no equipamento certo, com o sistema operacional certo. Felizmente nem todo equipamento está apto a realizar estas propostas, ou teríamos o caos, com todo mundo liderando ninguém ou pior ainda: um bando de baratas tontas que se acham líderes, mas são apenas fantoches nas mãos do carismático guru/apóstolo.

Analisando cada uma das onze propostas, noto que elas podem facilmente ser localizadas nos atos mais conhecidos de líderes de sucesso, tanto no mundo corporativo, quanto no político, militar e religioso.

Desenvolvê-las em quem possui em si o germe da liderança é desejável e necessário. O contrário, não.

No entanto, raríssimos são os líderes de fato que tem em si os onze germes para serem desenvolvidos - isso é fato, historicamente comprovável. Raros são os que tem em si dez germes para serem desenvolvidos e poucos os que tem nove. É fácil corrigir a noção de circunstância de Napoleão depois da Campanha da Rússia. É fácil recomendar cuidados com a saúde a Alexandre Magno depois da febre que o matou. Todos foram admiráveis vencedores, APESAR de incompletos e falhos.

Prosseguindo: Tentar desenvolver o que não está lá é irrigar e fertilizar a tundra (vegetação típica do Pólo Norte) esperando que nasça dali um pé de café - não vai nascer, pois a semente não está lá e mesmo que seja semeada, não vai germinar devido aos rigores do clima.

Ah, mas podemos climatizar aquele pedaço de solo da tundra, adicionar os nutrientes que faltam ao solo, corrigir seu pH, programar a incidência luminosa e... já não temos tundra, mas um belo clone de solo árabe, onde brotará um belo pé de café arabica, que prossegue desconhecendo a tundra onde terá que sobreviver!

Isso é ilusão.

O processo de desenvolvimento da liderança passa, antes de mais nada, pela SELEÇÃO (item 1) da semente que será lançada naquele solo, para que então ela se desenvolva.

Não queremos sementes? Escolhemos transplantar mudas? Perfeito, mantém-se o item 1, desde que a muda esteja naturalmente apta para aquele solo.

Israel faz isso muito bem quando faz colheitas soberbas brotarem no deserto! A nossa Embrapa faz isso muito bem, quando através de complexos processo de SELEÇÃO consegue escolher o cafeeiro que será pai (multiplicador) de toda uma variedade que cobrirá os cafezais de uma região, mas seus técnicos nunca poderão presumir que aquela variedade de café poderá ser plantada com resultados aceitáveis no Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

    • Desenvolver o que é natural naquele líder, sim. 
    • Implantar-lhe uma característica alienígena não vai gerar um líder melhor, mas um ser desajustado e frustrado.
    • Se está lá, desenvolva. 
    • Se não está lá, não enxerte - ou criará um monstro estéril que se voltará contra quem o criou.

Saiba ouvir e evitará que uma melancia caia sobre a sua cabeça quando passar sob a copa de um cajueiro.