Não se trata de excesso de confiança. Quem conhece a Petrobras sabe da seriedade como são guiados os projetos por lá. Na verdade a notícia mostra que até certo ponto estamos “descolados” da realidade dos EUA e Europa, o que é um sinal no mínimo intrigante, senão vejamos:
- No século XIX, os EUA não eram potencia economica ou militar. Esse posto cabia ao Reino Unido.
- Chegando ao século XX, o advento da 1ª Guerra Mundial (1914-1918) arruinou a economia da Europa. Sobrou para o vizinho próspero mais próximo no Hemisfério Norte – sim, os EUA -, que aí experimentaram um crescimento explosivo, sendo alçados à categoria de potencia economica, ao tornarem-se o principal credor (empréstimos para reerguer a Europa) e principal exportador para a Europa arruinada. Sim, a Europa precisava de dinheiro e materiais para se reerguer. E os EUA estavam logo ali.
- A 2ª Guerra Mundial (1938-1945) alçou os EUA ao patamar de potencia militar, com a recém-formada URSS. A sequencia de conflitos internacionais localizados na Europa desde 1914, aliada ao fato que a economia americana era voltada prioritariamente para atendimento do mercado interno – “descolada” da realidade européia, portanto – formaram a mola mestra da ascenção americana. Note-se que os EUA só se envolveram militarmente no conflito a partir do ataque japones a Pearl Harbor, já na segunda metade do conflito.
Uma vez que a crise de 2008 ainda nos trará um repique típico dos grandes terremotos ainda em 2010, vale a pena aguardar os próximos seis meses e ver no que dará.
Enquanto isso, trabalhemos com força e com vontade neste início de século XXI.
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